sexta-feira, 3 de junho de 2011

Big hard sun


Lá fora há montanhas e terra quente para ser pisada
Há gotas de orvalho em folhas novas
em galhos a balançar
Quando se chega ao alto se vê os pássaros
e  sente o vento os guiar
Lá fora existe vida liberta
A floresta e o mar
Tem a praia e suas areias
Tem a natureza que daqui não dá para enxergar
O rio com suas pedras verdes e águas cristalinas
O cheiro puro exala em cada pedaço de selva
A natureza se comunica
Entre si e entre o Todo
Lá distante existe tudo aquilo que eu queria observar,porém tão longe eu possa estar
E me pego assim tão triste com vontade de voar
Como borboletas brancas se transformar em pluma e ir de encontro ao ar
Mas aqui há teto
Paredes a me cercar
E tudo quanto é loucura que o egoísmo pode levar
O consumo passa a não ser necessidade
Vira vício
Me sufoca este oficio
Preciso aguentar                                                    
Esperar para poder seguir
Não demora para eu partir.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Genérico

Andar e andar
nessas esquinas vazias de si
Sinto falta de algo novo
Inusitadas palavras que saiam soltas e livres da língua
 
Sem precisar fazer impressionar
Livre.
 
Poesia livre,amor livre.
 
Amar sem ter que registrar os passos andados
Sem endereço e sem espaço
Sem teto e parede a cercar
 
 
Amar sem o medo de amanhã
E sem ter amanhã
 
Amar agora.
 
Quero não precisar saber amar.
Saber falar
 
Como um rio escorrendo puro sobre as pedras de musgo
 
Sem precisar entender seus pensamentos
 
Ser o rio na juventude eterna
 
Que as palavras cresçam verdes e brotem flores coloridas somente com a força do pensamento
E sejam espontâneas e verdadeiras
E não ser chamada de genérico estas tão boas palavras que comigo carrego.
 

domingo, 8 de maio de 2011

Nascente

Ele dança com o ritmo que lhe é proposto.
Os braços dele se movimentam formando arcos de energia por onde passa.
Ele sorri exibi-se ao meu olhar,toma posse da minha euforia, transgride-se na situação.

Com ele eu canto no mais perfeito tom,na mais perfeita voz.
Nossas risadas são uma só.
Sem ter de chamar de romanceio de inconfidência,e sem ter culpa de ser quem eu sou.

Aquela desdita foi embora,acho que nunca existiu.Apenas coloquei-a no lugar de pessoas ausentes.
Sinto-me acima de desventura,ele me levou ao palco de um planeta onde eu posso ser quem eu quero.

Não mais caminho à liça,pois com ele não há discórdia,nem firula muito menos sangue iluminados de desculpas.

Com ele caminho em flores de organdi,muitas vezes em silêncio ardoroso,lúbrico de desejos.
Libidinoso por si só.

Com tantas chuvas que apanhei,engasgando na poalha da existência,sem ele vendia sonhos a varejo!
Com ele meus sonhos fosforescem

sexta-feira, 11 de março de 2011

IMPÉRIO DO BEIJA-FLOR

Beija-flor quer voar
Nas santas pétalas de conhecimento saltitar

E o néctar sagrado exalar

Suas penas são brilho de esmeralda
Penumbra de diamante

Com seu bico roseado
Vem beijar as flores deste jardim

Beija-flor de cristal
Que mora neste império dourado dentro de mim.






As estrelas do céu


Digo ás estrelas
"Vós sois o brilho"

E as bailarinas brancas costuradas neste manto azul de galáxia

Rodopia pensamento
Neste show que vivo a cada madrugada.
Mostra como se ri

Inventa o sorriso
Coloque-o sob a janela da alma
Estenda na cortina de seus cabelos

E onde você for
Use o melhor sorriso que já inventara.
 A maquiagem se espalha 
Luz,Cor,Brilho
Tudo se transforma em seu riso

É este dom de ser criança

De por em uma balança 
esta confusão de ser adulto e esperança

Vivia a lutar contra o espelho da pupila
Quem é quem aqui de cima

Hoje já não me importo em dividir meu espaço

Aqui dentro de mim
Vive um homem e um palhaço.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

Com a grande força do Rei Sol

O sol é o centro
Não é uma casa.

Só entra quem for de luz majestosa

O sol é reinado imperial

Agradeça ao sol por te aquecer.

Ilumine - OH grande sol!

Um dos infinitos sóis que sois.
Desta galáxia Eu sou teu protetor

Você só recebe estas palavras,por que eu te convidei
Para expandir a consciência e santificar-me como Rei!

As rosas




Nascem cores e formas

As carícias entre elas são pelo vento


A noite elas bailam sob o luar
Roçam entre os capins
Vivem no campo


Eu as conheço há muito tempo
E fui parte delas


Hoje já não pertenço ao seu reino floral


Pois as rosas não se apaixonam
Elas fazem apaixonar.

Quem eu sou?

Eu sou a flor que nasce das pontas de seus cabelos
E se esparrama pelo seu corpo


Sou o galho que te sustenta 
e te firma na convicção


Sou as folhas dentre a matéria
A pétala branca em seu coração


Sou o perfume carinhoso de sua voz
a exalar palavras de sabedoria


Sou o jardim que tu regas todos os dias.